Soneto ao infinito
A cada volta sombria do ponteiro
desde a tua precoce partida
se aproxima tua história da minha
se ilumina a imagem no espelho
Se da vida colhestes o mórbido fruto
mesmo com as dores rasgando-te o peito
questiono as razões do bruto infinito
e fito ao espelho, e pranteio contigo
O que faz a vida com seus filhos sofridos?
Que amargam a dor de não ser nada
perto daquilo que podiam ter sido?
Que golpe tão baixo te deixou tão ferido
e arrancou-te o sorriso que ainda me afaga
Que triste destino roubou-me um amigo