Ajuda

Eu ofereço a minha mão

E você retém a sua.

Onde é o fundo do poço?

Você nem sequer contou os degraus.

Disseram-me que eu precisava te ajudar,

Mas, você não quer ser ajudado.

Pelo manto que eu trago,

Você diz não sentir frio.

Os dedos arroxeados te desmentem,

Todavia, se assim os quer, que caiam.

Talvez, seja isso o que deva ser

E o errado seja ninguém mais, se não eu.

Não ficarei olhando para o chão,

No intuito de acompanhar a queda.

Pois, se é isso que tanto buscou,

Não há nada que me impressione mais.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 23/03/2020
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