A força do amor

 

Foi andando pelas estradas da vida que eu encontrei tão belas flores.

Eram nas minhas incansáveis caminhadas que a força do vento me levava.

Muitas noites acordada,  acarinhando a vida ainda tão pequena; precisava de mim.

E nos momentos de infortúnios o mesmo vento levava as tristezas para eu poder caminhar.

Quantas estrelas eu não vi.

Quantos sóis nasceram e eu não percebi.

Eram as noites que passavam 

Eram os dias que chegavam

Era a luta da vida.

Mas não sentia o sofrer.

Apenas o amor bastava.

Não importava as horas avançadas,  quando podia vê-lo dormir sereno.

Hoje, entre as paredes que o tempo desbotou,

Assisto a cena da revolta. 

Mas com o coração leve da dor que não sufoca, do ódio que não me apraz,

vislumbro a estrada percorrida que saudade deixou,

quando sorrias pra mim, sem me perder.

Elos que se romperam. Indescritiveis sensações do vazio,

Onde contemplo serena a Vitória de ter te lançado para seu voo. 

Mesmo que penses que hoje não mais te acarinho,

nao te esqueças, 

que mesmo nas cruezas de dias tão cinzas,

o amor sempre será  tal qual a Estação primeira, onde flores desabrocham e perfumam um coração, com a dor de tê-lo perdido.

 

CH

Rio de Janeiro RJ

Imag arte