ANTIDIÁRIOS DE ABRIL II

II

Há no sobretudo da nuvem este grafite seisbê que fere

a encosta de chumbos metálicos quase feito uma pedra

e que mergulha camuflada no horizonte musgo do oeste,

na ravina âmbar dos ontens. No calendário desta febre.

Levito no corredor do minuano e enxugo a minha testa

com o gelo seco volátil da rajada. A sacada é o que resta

ao escriba e ao seu planeta de mil poemas e arquétipos

que de nada servem: viram marolas quando o dia desce

na frincha lilás da aurora e do violeta genciana que orna

o meu verso reincidente naquela encruzilhada sinuosa.

Sou só um poeta. E não trago nem um truque na cartola.