Tu

Tu, que és dono destes castanhos tão ofuscantes e dessa barba um tanto exacerbada.

Tu, que és dono deste sorriso esplêndido tão belo, acompanhado de um peculiar humor, capaz de fazer o universo a sorrir, junto a ti, por entre meteoros.

Tu, que escreves por entre mesóclises e perfeccionismos gramaticais.

Tu, que tens esse abraço tão terno, quente e por horas tão afetuoso.

Tu, que usa essa fragrância hora doce, hora amadeirada, capaz de impregnar os meus cabelos que alisas por entre teus dedos.

Tu, que amalgamou a complexidade de nossos segredos, por nossos corpos a nos amar.

Tu, que me beijas tão ímpar.

Tu, que tem gosto de vinho tinto e amas o azul.

Tu...

Tu, que me vieste repentino, faceiro e manso, no mesmo tempo, tão quente, derretestes meu gelo.

Derreti-me por ti.

Outroras, tu te fizeste gelo, partistes com teu furor e me deixastes assim tão só.

Tu, que não sei mais de tu, mas, impregnado estás em meu cerne.

Tu, que com as águas de março se foi.

Tu, que partistes deixando eu, tua menina, sem hesitar.

Tu, que me deixastes por entre lágrimas e a soluçar.

Tu, só tu, tu que és tu.

Tu: és a minha maior saudade.

Marinara Sena

07/04/2020

00:23

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 07/04/2020
Reeditado em 23/05/2021
Código do texto: T6909065
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