ANTIDIÁRIOS DE ABRIL XVI
O vírus novo ensina que minhas fraquezas são fracas
(moram nas mil esquinas libidinosas dos mil atalhos).
Ele me fala entre os seus silêncios (no dialeto do nada),
que não é mau e nem é bom: é tão somente necessário.
E diz ainda que este argumento é cabal e quase prático,
pois desconstrói a mó do tempo e a desfaz em pedaços.
Mas agora as paredes são espelhos por onde você passa
e o diamante que tanto procurava mora aqui no detalhe
miúdo sob os pequenos frascos a fim de conter as garras
habilidosas das horas. Ter o que é lento e o que é rápido.
E não mais conversamos. Deve de estar muito ocupado.