Resignação

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Ah, o portentoso passado...

Esse mocinho, que às vezes é vilão,

Quase sempre nos inquieta o coração

E o deixa assoberbado.

Que tem como amante a saudade

Essa que quase sempre causa dor,

Mas que como toda dor de amor,

Quanto mais dói, mais dá vontade.

O alicerce do homem.

Que mesmo deturpado no presente,

Explica lá atrás o que ele sente,

Ainda que seja agonia que o consome.

Tentemos, então, o que nos resta merecer,

Pois se o futuro por ora é incerto

E o verde passado hoje é deserto,

Salve o presente, que é o que temos pra viver.

Nardélio Luz
Enviado por Nardélio Luz em 09/11/2005
Reeditado em 29/11/2007
Código do texto: T69197
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