Resignação
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Ah, o portentoso passado...
Esse mocinho, que às vezes é vilão,
Quase sempre nos inquieta o coração
E o deixa assoberbado.
Que tem como amante a saudade
Essa que quase sempre causa dor,
Mas que como toda dor de amor,
Quanto mais dói, mais dá vontade.
O alicerce do homem.
Que mesmo deturpado no presente,
Explica lá atrás o que ele sente,
Ainda que seja agonia que o consome.
Tentemos, então, o que nos resta merecer,
Pois se o futuro por ora é incerto
E o verde passado hoje é deserto,
Salve o presente, que é o que temos pra viver.