Na desorientada estrada das horas

Preciso dar um norte

aos meus passos fugitivos

que caminham para a morte

com a firmeza dos destemidos.

[e no intervalo entre um passo e outro

transitam pensamentos oriundos

que elaboram o meu desgosto,

que matam cada vão segundo]

Clamo à Deus, o Criador

pela alma suspensa esquecida

que me dê a ela um pouco mais de amor

para retomar a graça pela vida.

[e nesse intervalo de brados

entre uma queixa e um grito

sinto-me com o peito desalmado

e como se não bastasse, ainda mais esquecido]

Andreza de Morais
Enviado por Andreza de Morais em 20/04/2020
Código do texto: T6923268
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