Na desorientada estrada das horas
Preciso dar um norte
aos meus passos fugitivos
que caminham para a morte
com a firmeza dos destemidos.
[e no intervalo entre um passo e outro
transitam pensamentos oriundos
que elaboram o meu desgosto,
que matam cada vão segundo]
Clamo à Deus, o Criador
pela alma suspensa esquecida
que me dê a ela um pouco mais de amor
para retomar a graça pela vida.
[e nesse intervalo de brados
entre uma queixa e um grito
sinto-me com o peito desalmado
e como se não bastasse, ainda mais esquecido]