udo o  que digo em meus versos
é o que penso e sinto,
mas nem tudo o que penso e sinto
eu digo nos meus versos,
talvez porque seja mais fácil o silêncio,
talvez porque doa menos o  silêncio,
talvez seja a certeza de que uma palavra dita não volta vazia,
e quem sabe eu tenha medo das respostas?
Maldita mania de teorizar a incerteza.
Mas afinal o que tenho de certo,
senão os meus vagos versos?
Certeiros como flechas,
errados como meu destino