do poeta, a raíz e o tempero / 7

na margem inquieta do riso, na lonjura das manhãs,

teus cabelos incendeiam o nú,

a vasta casa dos prazeres...

no malmequer que em mim desfolhas,

no muito, pouco ou nada da surpresa,

somos pouco de nada no que temos de muito...

na margem inquieta do riso, na cócega que te treme

sou desejo, a noite do despertar,

o grito que amordaçaste...