A liberdade se fez assim
Quando o peito aperta
os suspiros brotam
a garganta engasga
É a alma inquieta
Palavras mudas gritam
Choro seco mancha
O coração se rasga
Mãos no rosto espalmadas
Pescoço entre dedos sufocado
Um murro no ar
A voz de vozes embargadas
de tempos e tempo passado
não se pode parar
Um grito sentido e forte
A melodia ecoa longe
Música de cravos
desarmada e juvenil
rubra e forte, mas doce e gentil.
Itaboraí, 24 de abril de 2020
Especialmente para a Tertúlia na Lousa