ANTIDIÁRIOS DE ABRIL XXVI

E depois da tarde chovida a noite paira e magenta e ametista

dispara o vento da rajada que penteia a fita da parte anímica

da cruz de asfaltos no trevo de quatro folhas lá da ladeirinha;

do brilho da avenida (do dendê, da vela escorrida e da galinha

posta entre o alguidar e o pano roxo ao lado da taça de sidra).

E os espíritos comem da farinha e bebem no bico das bebidas,

fumam da cigarrilha e não consigo absorver o que balbuciam,

enquanto flutuam sobre o banquete quase vivo e as bijuterias.

Qual é a intenção ou o fim que a fé, ali, deposita? Como seria

o teor da história que as almas contam no rodapé da esquina?

Expõem todos aqueles pedidos firmados e, assim, os avaliam?