Caos e Poe'sia

Há sempre uma navalha afiada, prestes a rasgar a carne.

Na fervura da pele, eriçando os pelos, os segredos, revelados nas pontas dos dedos.

Há muito tempo, calou-se a musa, confusa... segredou-me a derradeira poesia.

Vedei os olhos abissais da morte, com sorte, ela não sugou-me o resto de vida.

Clandestinamente estou a vagar pelos sonhos, olhos tristonhos, coração se derramando.

Hão de ser outras rosas, outros versos, outra estação de poesia;

No punho serrado de outro poeta.

Há tanta erva daninha sobre o túmulo do meu peito, mas, nenhuma primavera nascendo da minha caneta.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 04/05/2020
Código do texto: T6937361
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