No sono, tua sombra...
Ao velar paisagens tardias do sono,
arquivo telas confusas, em desalinhos,
persigo rosas púrpuras perdidas na poeira do Cairo,
esquecidas pelas mãos frias de uma deusa egípcia.
Desconheço os mistérios, provoco-os,
forjo respostas para enigmas incompreensíveis
e percebo os olhos cegos de minha mãe a me vigiar.
Evoco teu nome... denso deserto se apresenta.
Ao longe, pálida sombra de teu sorriso fugaz.
Estremeço...
Ofereço-me às intempéries, blasfemo à imensidão.
Desespero...
Quando virá a luz do dia me despertar?