POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.
Pode ser que um dia
nos apartamos.
apartar não é
partir,
o que nos restam entre
essas possibilidades,
é o ato de ante-ver,
o inesperado,
assim sendo,
morro, mas não a deixo
fugir...
Hoje na pandemia,
a dor que mais me dói,
é pensar que mesmo
num pais rico,
pode ter estomago
vazio.
No corpo do gênio
não há drogas,
o gênio nato,
é como o regato que
desliza
sem pretensões.
confesso.
tenho saudades,
do moinho de pedra,
que nas noites
sem estrelas,
cantava pra me ninar,
enquanto trabalhava,
produzia o fubá.
Aquele amor
tão antagônico,
parece uma bomba,
prestes a explodir.
A flor brotava
de singela ramagem,
de longe
a mais bela miragem,
o vento a embalava,
enquanto tudo
acontecia,
eu tecia minha vida
sem graça.
Sozinha vagava
na noite vadia,
a rua era só silêncio,
nem um grilo
pipilava,
eu a espreitava
como um cão que
por invigilância
perdeu a caça.
Tudo pode ser poesias,
a flor que desabrocha,
a folha que cai,
a água que pinga na
torneira,
os olhares que se abraçam,
quando o abraço foi abolido,
até a dor do isolamento
pode dar um bom poema,
depende do poeta
que essas vias passar.