POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.

Pode ser que um dia

nos apartamos.

apartar não é

partir,

o que nos restam entre

essas possibilidades,

é o ato de ante-ver,

o inesperado,

assim sendo,

morro, mas não a deixo

fugir...

Hoje na pandemia,

a dor que mais me dói,

é pensar que mesmo

num pais rico,

pode ter estomago

vazio.

No corpo do gênio

não há drogas,

o gênio nato,

é como o regato que

desliza

sem pretensões.

confesso.

tenho saudades,

do moinho de pedra,

que nas noites

sem estrelas,

cantava pra me ninar,

enquanto trabalhava,

produzia o fubá.

Aquele amor

tão antagônico,

parece uma bomba,

prestes a explodir.

A flor brotava

de singela ramagem,

de longe

a mais bela miragem,

o vento a embalava,

enquanto tudo

acontecia,

eu tecia minha vida

sem graça.

Sozinha vagava

na noite vadia,

a rua era só silêncio,

nem um grilo

pipilava,

eu a espreitava

como um cão que

por invigilância

perdeu a caça.

Tudo pode ser poesias,

a flor que desabrocha,

a folha que cai,

a água que pinga na

torneira,

os olhares que se abraçam,

quando o abraço foi abolido,

até a dor do isolamento

pode dar um bom poema,

depende do poeta

que essas vias passar.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 17/05/2020
Código do texto: T6949994
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