INFÂNCIA
Da infância me lembro sempre,
Das andanças, dos verdes pastos.
Lembro dos rios e das nascentes,
Memórias boas do meu passado,
Mas hoje aqui, perdido e triste,
Por entre prédios, gente com pressa,
A vida passa, insubsiste.
Santo Deus! O que eu faço?
Ai que saudade da minha infância!
Do doce céu, mansos regaços.
Lembranças boas de uma criança,
Perdidas foram em curto espaço.
Que vida injusta e sem graça
Eu tenho agora nessa cidade
Um céu cinzento e tristes praças
Nem de longe os verdes pastos.