MAIS UMA DE AMOR.
Lua, lua cheia,
que me admira do alto,
saiba que não sou, um poeta
incauto,
e nem quero te esnobar.
Estou da minha janela,
tentando amar a vida,
um vento
sem graça me toca,
a boca da noite me lambe,
longos ruídos me invade.
Lá fora, o sereno molha
uma folha, da a ela o brilho,
brilho, que o dia bebeu.
Lua, lua cheia,
que do alto me espreita,
bem sei qual é seu
desejo.
Eu que daqui,te vejo,
sei que quer me enamorar.
sabe que me enamorando,
a vida, me devolve.
Essa noite,esse vento suave,
e o brilho da folha,
me fazem divagar.
Que basta, apenas um
instante,
para mi transformar...
Retirei-me,
fui até o terreiro,
e com o olhar mais puro
dei-lhe
um transcendental abraço.
Nos amamos,
rimos de coisas banais,
olha , nada de vergonha
de nossos corpos nus.
contamos piadas,
fizemos ótimos planos
para novos encontros,
enquanto divagávamos ,
as estrelas fugiram do céu,
as nuvens
roubarão-me o pão.
despertei-me
do mais belo sonho ,
e abrindo as janelas
da alma,
libertei-me da solidão.