RECLAMAÇÃO.
A porta começa a reclamar
Nunca vi tanto esfrega, esfrega
Só era ilustrada em Natal e São João
Só quero ver quando tudo isso passar.
Me sinto até tonta de ser acariciada
Já pareço mais um espelho
Será que esse zelo vai continuar
É apenas coisa de gente desocupada.
O piso é outro que vive ilustrado
Anda num brilho que faz gosto
Tenho pena da vassoura
E o pano de chão coitado.
Antes eu rangia que era uma zueira
Viviam querendo me trocar
Agora ando macia no silencio.
Será que era sujeira?
Irá Rodrigues