RECLAMAÇÃO.

A porta começa a reclamar

Nunca vi tanto esfrega, esfrega

Só era ilustrada em Natal e São João

Só quero ver quando tudo isso passar.

Me sinto até tonta de ser acariciada

Já pareço mais um espelho

Será que esse zelo vai continuar

É apenas coisa de gente desocupada.

O piso é outro que vive ilustrado

Anda num brilho que faz gosto

Tenho pena da vassoura

E o pano de chão coitado.

Antes eu rangia que era uma zueira

Viviam querendo me trocar

Agora ando macia no silencio.

Será que era sujeira?

Irá Rodrigues

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 25/05/2020
Código do texto: T6957515
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