A falta

Quando sentires a minha falta

basta sorrir e imaginar

Que tô na sombra do ingá

numa serra verde e alta

imagine que de lá salta

meus versos e minhas rimas

pensando assim te animas

não chores e nem lamente

cante uma moda inocente

assim de mim te aproximas.

Vai lá naquele barreiro

onde nós nos encontramos

e traz de lá alguns ramos

catados do marmeleiro

te banhas logo primeiro

e sem antes e nem depois

tu vais sentir que nós dois

estamos num só apego

atados num só chamego

por entre carros de bois.

Não penses na terra ardente

e nem na chuva distante

finge que és um brincante

e brincas só com a gente

folguedos, folias repente

em tudo isso estamos

aqui acolá cantamos

uma saudade infinda

é nossa canção mais linda

esta sempre escutarás

pois só assim sentirás

que estou vivo ainda.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 27/05/2020
Reeditado em 21/07/2020
Código do texto: T6959748
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