Poeta do nada

Eu que sou poeta do nada

Das ondas sem águas

Que não lê livros

Que é ruim até de piadas

Mas, que ri de tudo que ouve e que vê

Que corre contra ao vento

.

Eu que sou suburbano da vida

Que toca feridas

Mas, que cura com sorrisos

E pequenos gestos

.

Eu que nem sei quem sou

Que nunca me entendi

Mas, que vejo em tudo, amor

.

Eu que sou como pássaro em pensamentos

Que voa...que é livre mesmo entre quatro paredes

.

Eu que sou poeta do nada

Daquilo que não se vê

Que desnudo sente

Que anda léguas sem sair do lugar

.

Eu que toco sem o tato

Que sinto na pele

Que não sei das horas . Mas, que paro no tempo.

.

Eu poeta do nada

De tudo sem sentido

E que tudo se sente

.

Eu que troco as memórias

Que brinco de outrora

Que choro o futuro

.

Me descrevi para você

Que me arranca as palavras

Que brinca com o meu riso

Que de mim, me faz um nada

Que rouba os meus sentidos

.

Eu que agora me descrevo

Poeta de nada, sou.

Sem o brilho dos teus olhos

Sem o toque de suas mãos

Sem a prece,sem pressa

.

Eu me ajoelho aos teus pés

Com tudo que há em mim

Que não exige controle

Que fica mudo aos ruídos de fora

.

Sou poeta de nada.

Sou aprendiz, rastejante

Com orvedose nas veias

De mente que não para

Que SÓ. Pensa.

Que não mente

Que é acelerado para o ontem

Vivendo o amanhã com fome do que nada foi.

Que um dia, talvez será, um poeta do nada.

Das linhas em branco

Num mundo de cores

Sentando num banco

Escrevendo AMORES

Sou poeta sem eira

Nem beira

Nos cantos

E nas vielas

Poeta das fasvelas, dos palácios aos bobos da corte

Poeta sem medo, que grita ao mundo

Sem o som, sem a voz

Poeta do nada que sou

.

Do ontem que não volta

Do Amanhã que não se sabe

Do hoje, que eu perdi ao escrever

Porque me encontrei por um momento

Neste mundo tão meu

De um poeta SÓ, cheio de histórias para contar, cantar, gritar, expor.

Como a dor que só o outro sente

Que em mim não cabe

Que me aperta mas, não dói

.

Sou poeta do nada,

Sou um rascunho

Um resumo de mim mesmo.

Sem EUs infinito

De um ser que não dorme enquanto não vira palavras colocadas uma a uma no papel

.

Enfim Eu, poeta do nada, sou.

Cristina Rodrigues 27/05/2020 16:06

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Enviado por Sigam_meosbonss em 27/05/2020
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