silêncio de um poeta

Algo foi destruído, e sobre suas marcas não há beleza,

E o vale da cobiça está quieto e sem desejo.

Na casa de meu abandono, formigas caminham

Sobre rastros de excitamento.

Náuseas e estremecimentos:

Os últimos vestígios do meu sangue,

A paisagem conversa com a essência do vazio,

Tudo perdura numa passividade que beira o lamento,

O vento gélido sopra algum mistério sobre o silencio,

Gotas de orvalho petrificam as arvores,

Tudo está seco,

O ultimo Sol sai tímido por entre as nuvens,

Sua luz parece dar uma vida morta á paisagem,

As ervas crescem e invadem o vale,

E um silêncio é eternizado nas palavras de um poeta,

mary constance
Enviado por mary constance em 06/06/2020
Reeditado em 17/06/2020
Código do texto: T6969782
Classificação de conteúdo: seguro