silêncio de um poeta
Algo foi destruído, e sobre suas marcas não há beleza,
E o vale da cobiça está quieto e sem desejo.
Na casa de meu abandono, formigas caminham
Sobre rastros de excitamento.
Náuseas e estremecimentos:
Os últimos vestígios do meu sangue,
A paisagem conversa com a essência do vazio,
Tudo perdura numa passividade que beira o lamento,
O vento gélido sopra algum mistério sobre o silencio,
Gotas de orvalho petrificam as arvores,
Tudo está seco,
O ultimo Sol sai tímido por entre as nuvens,
Sua luz parece dar uma vida morta á paisagem,
As ervas crescem e invadem o vale,
E um silêncio é eternizado nas palavras de um poeta,