Nada de novo no nada

Nada de novo no nada. Eu estou aqui para inventar e não estou nem ai se tenho peças para isso, crio um dia para mim com sol dentro da tempestade lá fora, comemoro sem ter motivo no atrativo de um dia qualquer, mas nenhum dia é um dia qualquer.

Ninguém é um qualquer, nem sei quem sou

sem saber se amanhã vou ou se volto

Se fico, ou me transporto.

Dentro de mim me conduzo por ai,

sem querer competir, comigo mesmo, com ele, com o outro

e se faltar derrota tomara que tudo não se reduza em vitória,

em grandiosidade no âmago de um ser, em degraus de hierarquia, em escadas de supremacia.

O que esperar de mais dias sem acreditar em mais dias,

O que esperar de mais vidas sem acreditar em mais vidas

O que esperar de mais voltas sem acreditar em mais idas.

Nada de novo no nada, se o nada for sempre o nada.