(A Dama e o Lobo)

As sensações que permeiam pelo corpo

Os contornos da volúpia que desnuda no olhar

Deixando nua a alma, exposta a fragilidade

Ascende a chama, a cupidez que inflama

Nessa hora não é necessário falarmos de amor

Queremos sentir a paixão de todos os amores

Os nossos sentidos e instintos mais

selvagens aflorando

A fera que urge, uiva, rasga o verbo da carne

Que beija, cospe e goza na boca

Enseja a alma, quer além, o preâmbulo do

Versejar com loucura que a dor sufoca

Saciar a sede, a fome, o pecado

Somos paixão urgente em conflagração

Dois amantes enamorados

Ardendo em veemência paixão

Somos poemas em pele rasgados

E quando se trata de amor

Todas as certezas racionais se esvaem

Somos apenas dois trovadores do acaso

A Dama e o Lobo

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 14/06/2020
Reeditado em 23/06/2020
Código do texto: T6976727
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