E daí?

Angélica T. Almstadter

E daí que te assombro com meus versos?

E daí que dou a cara a tapa?

No meu universo não cabe desamor,

Tudo que não alcança o pretendido;

Chuto pois não me faz sentido.

As minhas muitas cotas de amor

Nenhuma cara feia solapa.

Enjoei desses gestos perversos

Dessa mente doentia

Quer saber se me incomodo?

Pois que te retorças em cólicas,

Não vou matar a minha poesia

Que aprendas a ser mais gente

Eu só sei viver desse modo,

E não me gostas eufórica, melódica

Pretendes que eu seja só sobrevivente

Do braço duro da tua censura;

Uma cria sem voz

Das tuas neuras e crendices,

Assim te arvoras em meu algoz,

Na maior cara dura

E um disparate de tolices.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 18/03/2005
Código do texto: T6978
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.