Não espero que defina a solidão...
Numa palavra?
Cabem mil versos.
Dispersos no vazio inconstante,
Os sentimentos falham.
Imperfeito juízo...
Divagando em nuvens cinzentas.

Nem quero que desenhe uma imagem livre
No espaço a ser preenchido
Com conta-gotas de esperança
Na manhã criança,
que trouxe a verdade
Sob o sol.
Do ser só...
Do ser, só!

Sem expectativas
(...) por uma prece!
Que lhe devolva o equilíbrio.

Vagos, os pensamentos fazem trilhas.
Sonoras são as dores,
geradas no ventre da ilusão.
Esperando o momento de parir.

Abortado o amor,
As juras escorregam soltas,
Formando um tapete de meias verdades.
Usado dos dois lados.

Sepultados os sentimentos, 
Chora a solidão em lenços bordados,
Guardando as lágrimas
Em alto relevo,
No ponto final.



 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 16/06/2020
Reeditado em 16/06/2020
Código do texto: T6978992
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.