Quando há luz

Há alguns anos te procuro e

Hoje, sem querer te reencontro num sorriso calado,

Cuja boca faz inveja ao beijo mais culpado.

Não era sem tempo te encontrar, mas me apaixonar

E dizer o que sinto...É como, vagar no mundo de olhos fechados,

Numa rua sem saída até que se faça a luz dos teus olhos para me conduzir;

Até que se faça o colo dos teus seios para de prazer me possuir...

Até que a tua alma envolva a minha de uma alegria letárgica.

Se vieres, como tu dizes;

Se vieres como tu queres,

Só acreditarei nos verbos, quando os teus passos emergirem em direção a mim.

Pensarei você uma miragem e antes que o sonho acorde nesta dura realidade,

Deixas-me ao menos lembrar em curtas horas, se for tua vontade...

Quão belos são, os teus olhos castanhos;

Quão perfeitas são tuas horas...

Se não fores a liberdade, sejas ao menos, nesse cárcere de dor, o meu eterno amor.

Porque apesar dessa desigualdade, apesar dessa falta, envolta em vaidades pessoais, eu amo você.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 17/10/2007
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