Sei do canto navegante
Sei do canto navegante,
passageiro que me fura
quando acordo cheio, sóbrio
debaixo de sons minguados,
restos da noite passada
que berraram desdentados.
Sei do recanto que existe,
do limite fundador
sobre a casa sem a música
talvez tradutora tênue
dos passos dessa cidade
suja como catarata
que cega, afoga o sabido
precário de malas frouxas
para o chorume que encerra.