Bom dia

As vezes dói e ninguém sabe

As vezes sangra e ninguém quer ver

Quem vê sorriso, pode ver só metade

Não vê cicatriz, pensamentos e sofrer

De repente vê um surto, um grito

E a gente vê um olhar julgador

As vezes dói e a gente finge

Anda sapateando alegre em cima da dor

As vezes sonha e acorda na euforia

As vezes nem dorme tão bem assim

Quem me vê dando bom dia

Não sabe o que há dentro de mim

As vezes são vezes de tentativas

De soluços presos na guela da gente

As vezes é só um momento, uma fase

Que corrói devagar nossa mente

As vezes vem um abraço, um olhar

Que salva a gente da gente

E as vezes tentamos não demonstrar

Não deixar nada assim tão aparente

Longe de tudo, longe do próprio eu

A gente se entende, se tenta, se sente

E corre sem rumo, sem prumo, tão livre

De velhas manias, das velhas correntes.

Daiane Rodrigues
Enviado por Daiane Rodrigues em 26/06/2020
Código do texto: T6988743
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