Outras Poesias

Jardineiro

Se és jardineiro,
Porque não te pões a regar a vida
Com mais altivez e esperanças?
Quem sabe poderás ter
A cada dia as respostas
Para tantos anseios?
Se regares a terra,
Ela te dará frutos...
As flores, te darão o colorido da vida
O amor, a eternidade dos sonhos
O ser humano, a generosidade,
A grandeza e a delicadeza
Do eterno VIVER...
Quem sabe terás ainda
O tributo pelo que semeias,
Plantas, colhes e divides?
Dividindo o pão, não verás fome...
O carinho, não verás violência...
E o amor, não verás a dor...
Quem sabe, regar a PAZ?
Se assim todos os dias fizerdes
Verás a LUZ do AMOR
Em todo o seu esplendor...

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Amor e espera

Como estar aqui
Se nada sei de ti
Se em nada te encontro
Por ti estou no ponto

No ponto de sorrir
No ponto de partir
Partindo tudo em nada
Vagando pela estrada

Vou te esperar
Tento te encontrar
Em sonhos e desejos

Espero por teus beijos
Teu abraço ardente
Sonhos eloqüentes

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Saber e nada saber

Se sei alguma coisa ainda
Já nem sei como aprendi
São tantas as páginas da vida
que, de tanto ler, me iludi

Me iludi pela beleza
Pelas mostras sem igual
Busco isso no real, na frieza
Não encontro o ideal

Num mundo de imagens, ilusões
Como temos hoje em dia
De torturas e confusões

Vivo, viverei e viveria
No palco da vida em profusões
Aos poucos, aprendendo as lições...

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Pensar

Pensar o que fazer, em alguém
Em o que fazer para viver
Ou, quem sabe, nada fazer...

Prefiro simplesmente viver
Vou fazendo e vou vivendo
Meu cada dia vou fazendo
Simplesmente o que quero ser...

E a vida eu vou levando
Levando comigo o meu viver
Um viver alegre por viver...

E assim eu vou vivendo
Um dia de cada vez
Quem sabe chega o momento
De alegrias sem talvez...

E assim eu vou cantando
Cantando o meu viver
De amar por muito querer...
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Meu ser

Em meio século já vividos,
Eu ainda me pergunto,
Porque vivemos em trânsito?

Sim, é assim que me sinto.
Vivendo um dia de cada vez,
Sem saber o que será amanhã.

A única certeza que temos
É que a morte nos espreita.
Isso não é angustiante?

Que movimento é esse da vida
Que nos dá um ciclo a ser vivido
Mas que não depende de nós vivê-lo?

Talvez, na inocência de nossa infância
Cresça conosco a força da vida
A busca do amanhã, mesmo que efêmero.

Na juventude, a intemperança
Não nos dá tempo para pensar na vida
Temos pressa de viver, cada momento.

Será a premonição latente?

Na adultice, a responsabilidade,
E a consciência do para que viver.
Por isso o autodomínio,
O Planejamento da vida,

Como adulto, sempre esperamos
Assumir o controle
Do nosso mundo imaginário

Mas, se paramos para pensar,
Até quando?
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Viver

Falar da vida é fácil,
Viver é que é muito difícil.
Mas, experimente o ato simples,
Quase normal, de pensar na vida.
Pois com o dia-a-dia de hoje
Poucos têm tempo de pensar na vida.
Mas, todos deveriam se dar esse tempo,
Um minuto que fosse, para uma reflexão.
Para se posicionar diante da vida.
Diante daquilo que se quer viver.

Nós determinamos a nossa vida.
Então, façamos essa pausa...

Logo ao acordar, trace o seu dia-a-dia.
Mesmo que, ao longo do dia,
Tudo possa ser diferente.
Mas, pelo menos, planeje
O que quer e o que vai fazer.
Se assim fizermos, passaremos a ter
Um futuro mais presente
E um passado, como a agenda de sonhos.
Bem melhores de serem lembrado...

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Meu Canto, minha saudade

Tudo que te peço é que me deixes cantar
Já que não te posso ver sorrir
Meu canto triste ecoa no horizonte
Deixando voar para bem longe
Esta saudade intensa que me arrebata
Me maltrata, me destrói, me aniquila
Num golpe certeiro, gigante veneno
Envenenado estou, envenenando-me
Nas tocaias da vida, me escondendo
Escondendo de todos o sentimento
Sentimento que transborda em mim por ti
E em prantos sangro minh'alma
Arrebatando de mim toda essa dor
Que me destrói e me constrói
De novo e inteiro
Para um novo amor


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Minha vida e meus amores

Como viver sem amor
Se o amor está em nós
Nós o criamos, construímos
E, quase sempre, o destruímos

O amor é o nosso dia-a-dia
Nossa noite nosso dia
Meu viver, meu bem-querer
Por ele vivo o não sofrer

O Amor é o tudo é o nada
Nada existe sem amor
Vida, luta, glória e dor

Vivamos e sejamos a coisa Amada
Se assim fizermos ele cresce
E, em cada um de nós, floresce
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Anunciar

Anunciando que chegas
Também desfaço e disfarço meus amores
Traço e contraio outros favores
Faço e refaço minha dores, o lar, as entregas

Como disfarçar minha dor
Se tudo em mim é felicidade, trevas?
Talvez, quem sabe, amor
Portas, travessas, dissabor...

Um amor de entrega
Uma vida de enganos
Vive-se muito, mas se nega...

Quanta dor, aiiii que dor
Razão de viver, quanto sofrer
Pois não me entrego, eu busco AMOR
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TIa espero

Eu quero estar por perto
Para te ver nascer
Te amar e ver-te crescer

Te amarei muito,
Com carinho e desvelos
Com regras, sem apelos

Estarei te esperando
Como sempre esperei a cria
Que não veio nem sei como
E o AMOR cresce a cada dia

Dias de espera
Dias felizes, dias...
E Tudo se reconsidera
Sou e serei sempre, apenas TIA....
Maria de Fatima de Queiroz M
Enviado por Maria de Fatima de Queiroz M em 26/06/2020
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6988895
Classificação de conteúdo: seguro
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