UMA BREVE LEMBRANÇA SURGE

A brevidade da vida tem um encanto natural

Embasada no "mal irremediável" que muitos dizem,

Onde os Deuses ficam a invejar-nos,

Porque algo existe e, dentro em pouco, não mais,

E não sendo, se foi... Para a eternidade do jamais...

Com esses versos abro com um feixe de luz,

Iluminando toda a Barão de Itapetininga de S.Paulo,

Lá no fundo, vejo o Theatro Municipal, em gritos...

Gritos marianos das paulicéias desvairadas.

Drummond continua sentado no banco perto da praia fluminense,

Com seu corpo franzino, mas com a chave do reino das palavras.

No centro de Minas, cumprimento os mineiros literatos, contentes

E eternizados no bronze do centro belo-horizontino...

Na Florença de Dante a flor é viva e não importa a eternidade

Porque um segundo, a vida inteira e fora de lá, ai que saudades...

O grande TETO é a passagem daqui para o lado de lá

E pelos dedos de Deus e de Adão a nossa alma é como uma chave

Que abre os confins da eternidade e do vácuo...

Por que Shakespeare pensou na Verona, será que foi a sua beleza?

Ou a sacada de Giulieta é o amor maior que as estrelas?

Em universos paralelos vivemos,

Eles estão do outro lado da calçada,

Aqui continuam todos eles vivos,

Inclusive quando era criança eu tinha um cão

Malhado: uma parte Branca, outra marrom leve e em cima, um marrom forte,

Seu nome era Precioso e faz 14 anos que não o vejo

Mas vivo no coração está e pelas estrelas corre

Tentando pegar os feixes de luz que daqui faço para o céu!

A brevidade da vida tem um encanto sobrenatural...