Jardim de Luxemburgo, Paris

Naquele jardim sentei-me para olhar o tempo

O tempo me observou em esculturas mudas

Alguns pássaros falantes discutiam no céu

Uma criança parou para ver a borboleta

Eu, infantilmente, descolori minh'alma

Pintei flores e repintei minhas saudades

Reencontrei uma paz perdida atrás da coluna

Vi flores escalando pedras, vi pedras dóceis

Repintei a parede da minha saudade escura

De cores nobres e rouges, tal qual um Monet

E vagabundo fui sentar na cadeira verde

E do verde de lá sai marchando para o palácio

De Luxembourg sai como um rei feliz

Do seu reinado de natureza e belezas mil

Da cidade paris encantadora, paralisado fiquei

E deslumbrado nesse, adormeci acordado

Roberto Solano Novaes

Roberto Solano
Enviado por Roberto Solano em 03/07/2020
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