Ao saberes-me...
Basta de cair todas as noites
muralha abaixo...
basta da angústia, do dia seguinte...
Quero música suficiente
Pra fazer a vida dançar
Ir além...
Pra onde?
Quero saber não!
Do delírio, soma bastante
Morder os lábios
Sentir os nervos como cordas
A vida como um passaporte virgem...
Deslumbrada, inalar o ópio suave,
do encontro
Em todo o corpo, ganas de dar-te
o que não tenho...
E tu, ao saberes-me ondas
saudade azul que há nos poentes
ao saberes-me espuma
turbilhão que sou,
hás de pôr-me colares sobre os ombros
ou então coisa, nenhuma...
mas, ao saber-me beijos e uvas
clamoroso, dos dedos meus, náufrago,
hás de de embalar-me o peito,
simplesmente.
https://www.youtube.com/watch?v=o2L9v5ywjKA
(*) Imagem: Google