COMPAIXÃO

A luz do sol brilha lá fora,
posso sentir-lhe o calor,
O que faço eu, agora,
sozinho sem um amor?
O perdi pelo caminho
só de pedras, de espinhos,
desviei do rumo certo,
visões tive no deserto,
enganei-me tolamente,
fui crédulo e inocente,
mas a culpa a mim me cabe,
eu o sei, e tu o sabes.

Pecador arrependido,
o espírito carcomido,
venho, pois, pedir perdão,
(não sei bem se hei merecido)...
Eis-me aqui ao rés do chão
implorando compaixão.
Quero paz no coração.

              .  .  .


 Paulo Miranda
Enganei-me tolamente
e me meti em confusão
esperando eternamente
por teu olhar de compaixão...