Sendo o ser que é, O que sou? (2)

Depois de ler o módulo 6 do curso de psicologia social e personalidade,em uma abordagem Foucaultiana

(Achei a leitura instigante e de fato,excitante),

Logo me vi compelido a dizer,leia Freud,depois Freud,e depois Freud de novo.

Não assuma o tão complexo que tanto me excitou,sem de fato,excluir a hipótese e/ou teoria que tão bem explicou.

(Navalha de occam)

Segunda crítica,antes de assumir os modos de subjetivação através da análise dos modos de objetificação...Exclua a possibilidade de sermos máquinas,sim,máquinas "guiadas" por instintos ou pulsões,sendo a escolha consciente realizada antes de tomar a consciência,escolha? Sujeito,será que somos de fato sujeitos de nossa própria existência?

Doutrinário,autoritário e acrescento o homogêneo,

(São vocês,movimentos do Id-histórico de "teorias comprovadas")

Por simplesmente ser o ser humano.

Sinta o gosto do vazio ontológico,

Sintam!

Sinta o gosto da raiva,

Sintam!

Sinta o gosto do desejo que pinga,

Sintam!

Experimente imaginar que não tem controle de nada,de absolutamente nada.

É tão difícil transcrever tudo em um "papel",tudo o que observo...

É...Eu sou um filósofo,e devo me contentar com isso.

Não,Eu sou um poeta,e devo me contentar com isso.

Não,Eu sou um físico,e devo me contentar com isso.

Afinal,quem sou? Produto do meio e com articulação da linguagem? Ou no fim,eu sou o que sou,pois nada além poderia ser? Ou talvez,o Eu seja uma ilusão.

Talvez eu seja apenas um vazio,pois o Eu nada diz,pois não tem o que dizer.

O eu nem se quer é visto.

Ou,talvez,só talvez,

"O homem não é nada a obra tudo"

E esse nada,é o mesmo que tanto nos instiga,e que nada nos diz,mas dizer nada,é dizer muito,mas não é dizer tudo,pois não é um SPI

(Pois isso não é matemática,e se ela é apenas uma linguagem,é outra discussão).

E só assim,podemos sentir o gosto da vida,e dizer,como nos mostra os clássicos,somos seres confusos,contraditórios,em constante briga com nós mesmos,e em constante fuga ou negação,de nossa condição mais essencial,o vazio.Causado pela ausência de significado intrínseco da vida,esse sim,o vazio existencial,que é indiscutível,o mais eficaz causador de produções de significados,como sabe bem Lacan.

No fim,

Talvez a pergunta,

"Quem sou?"

Deva ser substituída por,

"Sendo o ser que é,o que sou?"

Criado: 03/08/2020

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 04/08/2020
Reeditado em 04/08/2020
Código do texto: T7025642
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