O menino e o Sertão
Hoje acordei menino
Numa cidade qualquer
Lá no interior sergipano
E não havia cabrestos ou qualquer embaraço
Apenas um menino de pés descalços.
O sertão pulsava tão forte
E toda secura que havia
Era saudade da chuva, Nunca ausência da vida
Eu menino corria livre
por toda caatinga.
O chão era quente, E quente
também era o meu coração
E tudo parecia belo, e tudo era o Sertão
E tudo me pertencia..
Eu apenas um menino de pés descalço.