Palavras Lançadas

Deixe as minhas palavras voarem como lanças, até que a ponta da caneta sangre versos brancos, encharcados de sentimentos vermelhos.

Em cada metáfora o coração resiste, insiste em sobreviver há todo o caos da mente.

Para sanar as feridas escritas, tecidas em meio à alegria da vitória e da dor da desilusão. Caminhamos ermos.

A esperança ainda é imatura, é só uma semente;

mas quando essa intensidade é reprimida, e não germina.

Ela nos consome por dentro, devorando os resquícios de crença no amor; desse sentimento desvaecido.

Os lábios renunciam o beijo, regurgita os verbos, a boca se abre apenas para lançar os escarros.

Uma voz sussurrada em tom de luto, implorando por algo que já fora perdido.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 09/08/2020
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T7031153
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