Lábios da dor

Cantos obscuros da mente

A alma se despedaça

Procurando não sei que fio

Que ata uma vida à outra

A paz momentânea

Sensação boa de torpor

Desabar no abismo profundo

Beijar os lábios da dor

Divagar sob a densidade das nuvens

E a fluidez da pele

O toque morno e leve da liberdade

Nos cabelos, uma borboleta a voar

O ar entrecortado sufoca

O prenúncio do que poderia ser

Sinto nos poros e no sangue

A insana arte de viver

Rafaela Alonso
Enviado por Rafaela Alonso em 10/08/2020
Código do texto: T7031797
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