Abuso do Abismo

Num segundo, o sorriso se apagou

O olhar escureceu, num grito mudo.

O silêncio abafou tua insanidade.

Mãos frágeis seguram flores

Que despetalam ao chão,

Pela invasão da tua covardia,

Que se derrama impiedosa... Arrastada...

Deturpando sentimentos nobres,

De um carinho fraterno, mancha,

com tua própria sombra escura e libidinosa,

qualquer ato de nobreza.

Segue com tua vileza, destruindo sonhos

Em qualquer hora e lugar

Tirando o direito de amar.

O que era pra ter brilhantismo

Hoje é apenas preto e branco,

Ou até unicolorido.

Foda-se a sua posição,

Seu status ou profissão

Seja pai, avó, tio, irmão...

Professor, amigo ou patrão!

Não! Tua loucura não é impune.

Não! Não calarás nossa voz,

A defender o direito humano,

O direito ao respeito e a dignidade!

Não! Não há lugar no mundo

Para teus atos infames,

Para teu desejo imundo!

Não! Você não é homem de verdade!