A PANDEMIA DO CORONA

A alegria acabou.

O medo aumentou.

O encanto murchou.

E a pandemia prosperou.

Ricos viram a pobreza.

Pobres viram aumentar a dureza.

E ninguém pense que ela é moleza.

Comenta-se ser grande mal da natureza.

No mundo inteiro, todos esmoreceram.

Não é um, nem dois, são bilhões que já sofreram.

Até das piores chagas já esqueceram

e milhões, precocemente, faleceram.

Já se tentou de tudo.

Apareceram muitos sabe-tudo,

com muitas simpatias, ao invés de estudo,

e para o povo só restou o isolamento agudo.

Muitas maneiras de combate ineficientes,

já foram criadas; e as pessoas, obedientes,

atendem sem saber que tudo é insuficiente

para combater um vírus até agora autossuficiente.

Chegou-se ao ponto de qualquer prefeito,

apenas, por ter sido, pelo povo, eleito

se arvorar de ser sanitarista de escol, bater no peito,

e tomar medidas, contra o seu povo, de todo jeito.

O único remédio que conhecem é o confinamento.

Este, de ansiedade ao fracasso no casamento,

tem trazido, sem um pingo de ressentimento,

e feito as mazelas sociais surgirem com acirramento.

Só vejo um meio para o término do nosso calvário,

que é exterminar o poderoso vírus adversário.

Como não temos, ainda, o meio necessário,

vamos orar a Deus e ter, com os irmãos, um eu humanitário.

Roberto Vieira
Enviado por Roberto Vieira em 16/08/2020
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T7037137
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