OLINTO CRESPUS ENCONTRA A CRISE

Seu veneno.

Estou vendo o circo

do otário fingindo

ter amor de sobra

pra acontecer de noite,

Quando sobra um

veneno pra fumar.

As cinzas escrevem

nas folhas da mesa

onde debruça o sonho

de amanhecer sozinho,

as letras absurdas

sobre a foto muda

encantada e surda.

Que não chora pelo

otário consolado de

absinto e uvas no copo

agora quebrado , ele

dormindo... esvaindo

o copo agora quebrado,

sorri bêbado no assoalho

perfume do escárnio

resultado do ex caso escravo

no veneno dela deixado

no coração do menino

que homem descido

implora alucinado por

uma coisa inerte ,

dormindo suas mãos

continuavam falando,

apertando o ar com a

mesma força do pulsar

que acelera uma noite

confusa com alguém

que é ninguém no vazio

do quarto que, no momento

está longe , logo ali ,e fechado

logo ali....mas difícil.

Pobre mesa , tábua de pernas

torneadas aberta que

equilibrada segura aquela

noite terminada sem filme!