COBRA

Quando a calmaria chega,

Então a dor se esconde.

Num canto da alma não sei onde,

Mas lá no fundo ela está presente.

Esse segredo a alma sente,

Embora não saiba como dizer.

Está disfarçada, e sei o porquê!

A animação as vezes nos mente

Está enrolada, feito cobra,

Se preparando para a manobra,

E seu guizo ameaçador chia.

Pronta para o próximo bote.

Quando a vida afrouxar o mote,

Que hoje faz de tudo poesia.