Entre deuses

Deixar as linhas do corpo falarem

Os movimentos buscarem o infinito

Contando histórias de amor e fúria

Entre homens, entre deuses

As palmas abertas das mãos

O tremor descompassado arrebenta

O olhar tecendo o fio de antigas vidas

A fronte reverenciando a terra

Na angústia de não mais despertar

A sintonia entre o silêncio e a melodia

Ora leves como o ar e a água

Ora perturbadores como o raio e o trovão

O som de um coração ancestral

No regaço de nossas memórias

Escritas nas danças sagradas

Lidas em nossos espíritos

Rafaela Alonso
Enviado por Rafaela Alonso em 18/08/2020
Código do texto: T7039079
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