EMANAÇÃO
E nos deparamos com ele,
expectador inútil,fruto sem sumo.
Sem invejar, sem lutar,sem progredir.
Mero assistente do presente,
já passado e sem futuro.
Não vive,existe apenas, na inércia.
Descompromissado de ser herói ou bandido.
Também não é um cidadão comum,
abraçado ao dia-a-dia.
Talvez seja puro.Talvez sua missão
seja a de observar os horrores da vida,
assitir a felicidade de alguns,
e registrar como um guardião silencioso,
quase invisível,câmera discreta.
Arca preciosa colocada pela mão divina
nos cantos do mundo...O indigente...
Sopro sutil de Deus!
JOYCE RABASSA