ASAS DA LIBERDADE

No revoar da Aurora

Espalho-me no ar.

Onde asas de ubuntu,

Embale o meu alçar.

Sigo essa jornada,

Com espadas intertemporais.

Nova era, recomeço,

Com traços ancestrais.

Círculos de fogo,

Sitiam meu castelo.

Êmulos cavaleiros,

Querem meu flagelo.

Precisarei de asas,

Para plainar nas alturas.

Mas não asas de Ícaro,

Que se desestruturam.

Como fugir do labirinto do medo?

Pra conquistar os céus.

Apenas um segredo.

Consciência divina e identitária,

Política, humanitária,

Asas pra liberdade,

O voo pra equidade.

Pra pular fogueiras explicitas.

Desertos desmedidos.

Montanhas infinitas,

Só clamores atendidos.

Não é voar pra vaidade.

E sim, firmar estruturas.

Empoderar a humanidade,

A libertar-se da tortura.

Ajuda-me, oh sol da Justiça!

Livra-me dessa dor.

Machucaram-nos! Que horror!

Dai-nos asas Senhor!

Negra Aurea: 20/08/2020 – 10h