Ela, A Mentira

Nefasta presença, engano medonho,

criatura daninha e peçonhenta.

Afasta de mim tuas enganações,

porque retalho-te em mil pedaços

por saber a que inferno pertences.

Gostas de seduzir, artimanhas do mal,

passeias por palavras mentirosas,

invades almas desavisadas...

mas tua luxúria há de consumir-te

na agonia que causaste.

A ti mesma envenenaste

quando tornaste-me reflexo de teus espelhos.

Tua cabeça, serpente maldita, eu esmago,

diante de mim, ficarás de joelhos!

Arrasta-te, volta ao teu ninho,

teus iguais aguardam-te ansiosos,

tua estrada há de ser de espinhos,

na solidão de tortuosos caminhos

de desejos sujos e libidinosos.

ENIGMA
Enviado por ENIGMA em 22/10/2007
Reeditado em 24/03/2019
Código do texto: T704672
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