Ela, A Mentira
Nefasta presença, engano medonho,
criatura daninha e peçonhenta.
Afasta de mim tuas enganações,
porque retalho-te em mil pedaços
por saber a que inferno pertences.
Gostas de seduzir, artimanhas do mal,
passeias por palavras mentirosas,
invades almas desavisadas...
mas tua luxúria há de consumir-te
na agonia que causaste.
A ti mesma envenenaste
quando tornaste-me reflexo de teus espelhos.
Tua cabeça, serpente maldita, eu esmago,
diante de mim, ficarás de joelhos!
Arrasta-te, volta ao teu ninho,
teus iguais aguardam-te ansiosos,
tua estrada há de ser de espinhos,
na solidão de tortuosos caminhos
de desejos sujos e libidinosos.