Nas madrugadas

Um dia, pensei ser muitas coisas...

Ao crescer, descobri que não sou nada

Em meio a palavras e vontades loucas

Descobri que só aconteço nas madrugadas

Onde meu coração nasce

E as lágrimas descem levemente

Não é o mesmo rosto a minha face

Não é a mesma cabeça a minha mente

E no balançar da rede compreensiva

O tempo passa e os olhos, ainda abertos,

Fecham-se embaçados, sobre palavras escritas

E adormecidos ficam, à luz ao apagar dos versos.