Desgramada

Lá na minha rua, tinha uma vendinha

Onde eu ia todo dia ver aquela menina

A família dela vivia daquilo, era simples e tranquilo

para eles bastava

Mas não era aquela a vida que ela sonhava

Pensava que merecia mais

Quando teve idade suficiente, foi embora

Partiu em busca do que acreditava

Nem tive chance de desejar boa sorte

Não porque eu achasse que ela precisava

Mas pra que ela soubesse que eu me importava

Éramos amigos, gostava dela e ela não imaginava

Mesmo se desconfiasse acho que nada faria,

E no fundo eu sabia que não vingava.

Hoje com a vida feita, com minhas coisas

todas controladas

Ela vem e me aparece de volta, desgramada!

A essência do mesmo jeitinho, não mudou nada

Mais bonita, mais cheia de vida e ainda mais danada!

Pra balançar minhas certezas, não sabia o que fazia

Nem por onde andava, mas ela voltou,

com aquele ar de menina solta que ninguém segura, alma de pipa avoada.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 04/09/2020
Código do texto: T7054907
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