OU NÃO
Uma rajada empurra
de forma abrupta
a fazenda púrpura
da alfaia em fúria
e que a tudo circunda
no quarto de paleta escura,
da sombra da voz do vulto
que não nasceu neste mundo
(é a morte que mede o meu pulso
e na lâmina da foice sobre a coluna
vejo os ossos refletidos que flutuam
no brilho iridescente da sua cobertura).
O poema é um duvidoso paradoxo profundo:
absurdamente relativo. Relativamente absurdo.