O MORTO E A RÓSEA 

No alto da montanha...o morto
Comunga só na vastidão do mistério,
e dentre arbustos procede sacrilégio
Tragando a virgem rósea do topo.

Inalando-a notívoga suas pétalas 
Na mansidão sonora d'um cemitério,
Sinos ecoam...construído império!
Em negritudes vastas e singelas.

O horror, que do alto recaindo
Traz nas mãos a rósea em desatino
Despedaçada, sem o caule a sustentar...

No bréu da noite, e a lua regredindo
Vestida fúnebre e o sino em desafino
Pela rósea que o defunto fez calar.

- Francielly Fernandes
- 27/06/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 27/09/2020
Reeditado em 16/10/2020
Código do texto: T7073740
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