O mundo

O mundo,

Como posso entendê-lo

Ao calar se diante dos seus olhos

Dos seus sonhos

Ao velo dormir

Ao velar-se todas as noites

Eu posso sentir

Seus sonhos,

Seus sonhos ao menos são puros

Nem menos é o ar

Que ostentas e sufoca

O rio de lagrimas

Em seu corpo poluído

Suas lagrimas,

Ao menos são sinceras,

Ao futuro e a cura

Do seu solo

Desmatado

O mundo,

Como posso sem folhas

Olhar-te o verde e amar

Do seu amor

O mar, o ar e a terra

Da sua luz a vida

A vida que resta aos irracionais

Sobre os cantos dos pássaros

Sobre a amargura

Da humanidade

Do prazer

Da sua unidade

Dos seus desejos

Seus anjos

Agora não podem voar

Só nos resta aguardar

O que nos aguarda

Em seu leito...

O fim!